Além da criação da unidade em Buri, universidade também tem como desafio fortalecer suas ações afirmativas
publicado em 10/11/2012 13:20
| Stefhanie Piovezan
A cerimônia de posse da nova reitoria da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), realizada na manhã deste sábado (10), foi marcada por discursos que enalteceram o crescimento na universidade nos últimos anos e os desafios para o futuro, como a implantação do quarto campus, em Buri (SP).
Em sua fala, o reitor reeleito, Targino de Araújo Filho, citou a imagem símbolo das comemorações dos 40 anos da UFSCar, afirmando que, se no passado a universidade estava em um processo de escar o gigante, hoje está "apoiada nos ombros", com uma visão privilegiada do que está à frente. "Nos últimos anos, construímos alicerces para os novos tempos. Hoje temos um programa de ações afirmativas consolidado e que serviu de modelo para a Lei de Cotas. Temos uma universidade maior, mais diversa, pronta para o lugar que lhe cabe nesse início de século XXI", disse.
Targino também destacou a ampliação dos campi de Araras e Sorocaba, a busca pela internacionalização da universidade, com intercâmbio de estudantes e professores e par ticipação em redes de colaboração com outras instituições da Ámérica do Sul e da África, e a criação do campus de Buri, cujo terreno foi doado pelo escritor Raduan Nassar. "A implantação do campus na fazenda Lagoa do Sino será um dos maiores e melhores desafios da nossa gestão", avaliou o reitor, que prevê, por conta do crescimento da instituição, a necessidade de melhorar os canais de circulação de informação e ampliar o quadro de funcionários.
Assim como Targino, o prefeito Oswaldo Barba e o deputado federal Newton Lima, ambos ex-reitores da UFSCar, mencionaram o pioneirismo da universidade em relação às ações afirmativas, e a perspectiva de continuidade desse perfil inclusivo. "Somos protagonistas do processo de transformação do ensino superior brasileiro. Somos uma universidade notável, estamos mudando a história", afirmou Lima, para quem a reeleição de Targino "é a garantia de mais quatro anos de sucesso dos esforços em prol de um Brasil mais justo". "Este é o grande laboratório do país", completou Barba.
Exemplo dessa política que busca trazer para a universidade os diversos segmentos da sociedade, Agenor Custódio, da etnia Terena, também aposta na continuidade. "Acredito que o reitor vai corresponder às reivindicações dos acadêmicos e que, no futuro, teremos mais alunos indígenas", afirma o estudante do último ano de Imagem e Som. "Assim como servimos de exemplo para nossa etnia, é uma medida que serve de exemplo para o país, e fazemos o possível para levar esse sucesso para as comunidades", fala o futuro formando e primeiro indígena a ingressar na UFScar.
EQUIPE - Nos próximos quatro anos como reitor da UFSCar, Targino terá a seu lado uma equipe "marcada pela diversidade", como ele mesmo classifica, e com mulheres à frente de pró-reitorias de destaque, como as de pós-graduação e pesquisa.
A equipe é composta por: Adilson Jesus Aparecido de Oliveira (vice-reitor), Claudia Raimundo Reyes (pró-reitora de graduação), Débora Cristina Morato Pinto (pró-reitora de pós-graduação), Heloisa Sobreiro Selistre de Araújo (pró-reitora de pesquisa), Claudia Maria Simões Martinez, (pró-reitora de extensão), Geraldo Costa Dias Júnior (pró-reitor de assuntos comunitários e estudantis), Mauro Rocha Côrtes (pró-reitor de gestão de pessoas), e Néocles Alves Pereira (pró-reitor de administração).
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