quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Secretaria da Habitação e Consad vão fazer parceria para atendimentos habitacional em Itapeva e região

Publicado em 08.02.2012 por Maxpress
 
Parceria entre Governo do Estado e Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local do Sudoeste Paulista vai beneficiar 16 municípios da região
 O secretário de Estado da Habitação, Silvio Torres, e o presidente do Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local do Sudoeste Paulista (Consad), Marco Antônio Augusto Pimentel, se reuniram para iniciar as tratativas de uma parceria visando atendimento habitacional a 16 municípios do sudoeste paulista, por meio da Agência Paulista de Habitação Social ? Casa Paulista, lançada em setembro do ano passado com o objetivo de impulsionar a produção de moradias sociais no Estado. O encontro aconteceu nesta terça-feria, dia 7, em São Paulo, por iniciativa do deputado estadual Ulysses Tassinari.
Segundo o presidente Marco Pimentel, a questão habitacional na região é um dos maiores entraves para o desenvolvimento dos municípios.

"Identificamos que a falta de qualidade das moradias nas cidades parceiras do Consad é um dos principais desafios a ser superado. Existem muitas habitações inadequadas e famílias em áreas de risco que precisam da intervenção do Estado para mudar o cenário", explicou.
A iniciativa pioneira visa criar uma política pública efetiva na região, que segundo Pimentel, não existe atualmente. "Estamos organizados e focados para, não só construir novas moradias, mas também promover a regularização fundiária dos núcleos habitacionais consolidados. O apoio do governo estadual é fundamental para viabilizar essas ações", falou o presidente.

Agora, o Consad fará um levantamento das áreas prioritárias e vai elaborar um projeto piloto que será apresentado ao secretário Silvio Torres para avaliação.
O secretário Silvio Torres apresentou os programas disponíveis na Casa Paulista, enaltecendo a parceria selada, em janeiro deste ano, com o Governo Federal, para a produção de 100 mil moradias, sendo 10 mil para entidades e associações, para atender quem ganha até R$ 1.600. "A parceria com as entidades e associações também é fundamental para reduzir o déficit habitacional e atender as famílias que, de fato, necessitam de uma moradia", disse ele.
Para a construção das unidades serão investidos R$ 8 bilhões, sendo R$1,9 bilhão do Governo do Estado e R$ 6,1 bilhões do Governo Federal. O governo estadual, segundo o secretário, aplicará até R$ 20 mil por unidade, a fundo perdido, a título de complementação do financiamento das moradias construídas em São Paulo em parceria com a União. A contrapartida elevará o teto da unidade habitacional financiada no território paulista - de R$ 65 mil (custo máximo nacional da unidade no programa federal) para R$ 85 mil.
O deputado Ulysses Tassinari classificou este primeiro contato entre a Secretaria da Habitação e o Consad como positivo e mostrou-se confiante quanto à consolidação da parceria. "O secretário Silvio Torres foi muito receptivo e abriu ótimas perspectivas no sentido de alcançarmos o objetivo", disse o parlamentar.

O Consad existe desde 2003 e o foco inicial era o combate à fome. Após a formação de diversas parcerias e o atendimento social a milhares de famílias, a atuação transcendeu a discussão da segurança alimentar e o Consórcio partiu para articulação de soluções referentes a quaisquer obstáculos para o desenvolvimento dos municípios. São filiadas as cidades de Barão de Antonina, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Capão Bonito, Coronel Macedo, Guapiara, Itaberá, Itapeva, Itaporanga, Itararé, Nova Campina, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Taquarituba e Taquarivaí.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Rede Sans Itapeva

Servidores recebem treinamento da Rede Sans/Unesp

Publicado em 13 de Fevereiro de 2012 às 15:30
Representantes da Secretaria Municipal da Saúde e da Educação de Itapeva, Capão Bonito e Itararé, participaram, nos dias 09 e 10 de fevereiro, do treinamento de tutores que atuarão nos cursos Interdisciplinaridade, alimentação e nutrição no currículo escolar (Interanutri Professor) e “Interdisciplinaridade, alimentação e nutrição na comunidade (Interanutri Agente). A atividade, voltada para educadores, agentes comunitários e pessoas da comunidade é promovida pel a Rede Sans/Unesp - Rede de Defesa e Promoção da Alimentação Saudável, Adequada e Solidária e Prefeitura de Itapeva.
O objetivo do curso ministrado é incentivar a realização de ações de promoção de alimentação saudável nas escolas e na comunidade. Os tutores serão responsáveis pela multiplicação do curso no município, através de plataforma modlle(on-line) que será utilizada para o curso de educação à distância, onde serão postadas as tarefas semanais teóricas e práticas.
A modalidade Interanutri - Escola tem como proposta envolver as crianças no tema da alimentação saudável, inserindo a alimentação e nutrição no currículo escolar. Já na Interanutri - Agente, o objetivo é o de promoção de práticas saudáveis de alimentação e nutrição na comunidade.
O pré-requisito para participar do curso é ter disponibilidade para acesso semanal, pelo período de quatro horas, definido pelo próprio participante. Além do acesso semanal à plataforma, o curso também terá um encontro presencial, para que seja feita a apresentação dos projetos realizados com a comunidade ou na unidade escolar. As pessoas que concluírem o curso receberão certificado de extensão da Unesp. A orientação para os tutores foi realizada para as monitoras da Equipe Interdisciplinar da Rede Sans/Unesp, Paula Torres e Milena Ferreira.
De acordo com a assistente social e articuladora da Rede Sans, Joana de Oliveira, a proposta é disponibilizar e discutir informações técnicas, trocar experiências e exercitar a promoção da alimentação adequada, saudável e solidária em nossa região. “As inscrições vão até o dia 28 de fevereiro, e terá que duração de 60 horas”, explica a articuladora.
Itapeva faz parte dos 27 municípios que são Promotores de Segurança Alimentar e Nutricional Solidária, no Estado de São Paulo. Em janeiro, foram realizadas entrevistas com gestores municipais e profissionais das unidades de saúde do município para elaborar um diagnóstico propositivo quanto ao Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan).
Participaram também o Secretario Municipal da Saúde de Capão Bonito Fabricio Narciso Olivati  e as Articuladoras Fabiola Kawai e Juliana Azevedo(Itararé)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Onde está a fruta

ttp://www.idec.org.br/em-acao/revista/161/materia/onde-esta-a-fruta


Onde está a fruta?

Pesquisa do Idec mostra que apesar de usarem e abusarem de imagens e de outras referências a frutas nas embalagens, os alimentos industrializados não contêm quantidades significativas desse ingrediente. Mas isso não fica claro para o consumidor.

Não é preciso ir ao setor de hortifrúti do supermercado para ver frutas. Elas estão na seção de iogurtes, na de sucos de caixinha e refrescos, entre outras com produtos industrializados, estampando as embalagens. Mas quando se trata do conteúdo, não espere encontrá-las de fato nesses alimentos. Um levantamento realizado pelo Idec com 18 produtos, entre iogurtes, pós para refresco, néctares, gelatinas, sorvetes e isotônicos (veja quais na tabela às páginas 18 e 19), mostra que oito deles não têm nem vestígio de frutas. Os demais apresentam quantidades bem pequenas – na melhor das hipóteses, não passa de 10% do conteúdo, mas há vários deles em que gira em torno de 1%. Apesar disso, em boa parte dos produtos as referências à fruta têm grande destaque: além de imagens reais ou estilizadas, as frases são em letra maior que a das demais informações do rótulo e ocupam grande parte da embalagem, enquanto a lista de ingredientes fica quase escondida. E o pior é que as empresas não informam claramente no rótulo que o alimento não contém fruta e, quando contém, qual o seu percentual em relação ao restante dos ingredientes. “As figuras e frases que fazem alusão à fruta são o grande chamariz do produto, mas não correspondem à sua real composição. E como o consumidor não é adequadamente informado disso, pode ser induzido a erro”, aponta Mariana Ferraz, advogada do Idec responsável pela pesquisa.

MARKETING FRUTÍFERO

Basta uma breve observação do rótulo dos alimentos analisados para perceber que a alusão à fruta é o carro-chefe para promovêlos. Em alguns casos, a imagem ou frase que faz referência à presença de fruta ocupa quase toda a embalagem. No néctar da Maguary, por exemplo, a foto do maracujá ocupa 18 cm dos 19,8 cm da caixinha; e o iogurte Kissy, da Batavo, tem mais da metade (12 cm) dos 20 cm de altura da embalagem ocupados pela imagem de morangos suculentos. Além disso, a maioria dos produtos também destaca o nome da fruta com letras grandes e recursos como o outline (contorno das letras).

Para o médico Carlos Augusto Monteiro, líder do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), a intenção dos fabricantes com tal associação é fazer com que seus produtos pareçam mais saudáveis do que realmente são. “As empresas estão ‘pegando carona’ na boa imagem das frutas para vender seus produtos; relacioná-los com elas dá a impressão de que o alimento é fresco, nutritivo, mas na realidade muitos alimentos industrializados são o oposto disso”, afirma. Luciana Pellegrino, presidente da Associação Brasileira de Embalagem (Abre), concorda que a alusão à fruta no rótulo confere uma conotação mais saudável ao produto, mas pondera que o recurso também tem por objetivo facilitar a identificação do sabor do alimento na hora da compra. “Com o uso de cores e da imagem da fruta na embalagem fica mais fácil para o consumidor saber se um suco é de pêssego ou de laranja”, justifica.

Entre os alimentos pesquisados, apenas três não usam imagens de fruta (fresca ou estilizada): os isotônicos Gatorade e Marathon, e a gelatina Dr. Oetker. Mas eles destacam o nome da fruta que dá sabor ao produto, além de usar cores a ela associadas. No caso do Gatorade, por exemplo, a letra que designa a palavra “tangerina” ocupa 5 mm de altura dos 43 mm do rótulo. Não é tão grande, mas é a segunda maior letra do rótulo, perdendo apenas para a usada no nome da marca. Além disso, o termo está em destaque na face principal do rótulo em letras maiúsculas, em negrito e com contorno, sobre fundo de cor laranja.

O Gatorade é um dos oito produtos que não contém fruta em sua composição, como se nota ao olhar a lista de ingredientes. No entanto, não há na embalagem qualquer frase que alerte para isso. O mesmo ocorre no caso do isotônico Marathon, da gelatina Dr. Oetker e do sorvete Kibon. Os demais produtos que não contêm fruta (isotônico Taeq; gelatinas Frutop e Royal; e o sorvete Napolitano da Nestlé) trazem algum tipo de alerta, mas, em geral, a frase está disposta na parte lateral da embalagem, na vertical e em letras miúdas. “A alusão à fruta sempre tem muito mais destaque na embalagem que a advertência de que o alimento não contém esse ingrediente”, critica Mariana Ferraz.

Sabe-se que os outros dez produtos analisados contêm fruta porque a polpa está relacionada entre os ingredientes, mas apenas os refrescos em pó Camp, La Frutta e Tang informam qual o seu percentual: 1%, nos três. Ou seja, quase nada, embora a imagem estampada no rótulo faça parecer que se trata do mais puro suco. Os demais alimentos não indicam no rótulo quanto têm de fruta. Além de esconder essa informação dos consumidores, duas empresas também se recusaram a fornecer esse dado ao Idec: Batavo, fabricante do iogurte Kissy, e Danone, que produz o iogurte Danoninho (esta alegou que se trata de informação confidencial).

De acordo com Carlos Monteiro, a quantidade de polpa nesses produtos é muito pequena para que eles possam oferecer algum dos benefícios intrínsecos às frutas. “A vantagem das frutas é que elas concentram grande quantidade de nutrientes, vitaminas e minerais, e fornecem pouca energia [calorias]. Já os alimentos que fazem alusão a elas não são nada nutritivos, além de terem muito açúcar”, compara.
COMO FOI FEITA A PESQUISA

Analisamos o rótulo de alimentos industrializados com imagens e frases que sugerem a presença de frutas e verificamos se a legislação referente ao tema está sendo cumprida. Foram avaliados 18 produtos, de 15 marcas, entre iogurtes, refrescos em pó, néctares, gelatinas, sorvetes e isotônicos (veja quais são na tabela às páginas 18 e 19).

O levantamento levou em conta se os apelos relacionados a frutas nas embalagens condizem com o conteúdo. Para tanto, comparamos o tamanho das letras usadas para a referência a frutas com o das demais informações, e analisamos se o rótulo informa claramente se o produto contém ou não polpa e qual o seu percentual.

Além disso, os fabricantes foram questionados sobre a presença de frutas no produto (quando isso não estava claro no rótulo) e se assumiriam compromissos para melhorar a comunicação com o consumidor nas embalagens — seja informando o percentual de fruta, seja deixando claro que o alimento não a contém.





























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