Losan completa 6 anos:
conselheiros comentam
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Marcelo Torres
Neste sábado a Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional
(Losan) completa 6 anos de existência. Esta importante conquista foi
sancionada no dia 15 de setembro de 2006 pelo então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, após longa mobilização social e aprovação na
Câmara dos Deputados e no Senado Federal.
A proposta de Losan foi uma das principais deliberações da 2ª
Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em
2004, em Olinda (PE). Em seguida, o pré-projeto foi construído no
Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), em
processo que teve ampla participação social.
"Sabemos que as leis, por si só, não são capazes de garantir aquilo
que elas estabelecem", disse, na época, Chico Menezes, que exercia a
presidência do Consea. "A aprovação da lei coroa a luta de brasileiros
que acreditam que a fome e a insegurança alimentar podem ser superadas
neste país", afirmou, naquele dia histórico.
Graças a um trabalho de mobilização e articulação envolvendo
diversos setores e entidades, o projeto de lei ganhou o apoio de todos
os partidos e forças políticas nas duas casas do Congresso Nacional,
sendo aprovada por todos os parlamentares votantes.
“A Losan é uma grande conquista cidadã”, avalia a presidenta do
Consea, Maria Emília Pacheco. Ela ressalta, porém, que a efetiva
aplicação da lei e seus resultados dependem da constante mobilização da
sociedade.
“A concretização dos princípios, diretrizes e objetivos desta lei
requer permanente mobilização social das organizações da sociedade civil
e de movimentos sociais comprometidos com a luta pela mudança de
padrões insustentáveis de produção e consumo e com a afirmação do
direito humano à alimentação adequada e saudável”, enfatizou Maria
Emília.
Outra conselheira que falou sobre a lei foi Sônia Lucena. “A Losan
representa para todos nós um marco importante na luta pelo direito
humano à alimentação adequada e saudável através do Sistema de Segurança
Alimentar e Nutricional”, disse ela.
“A existência da Losan significa que a Segurança Alimentar e
Nutricional deve ser uma política de Estado, o que é um avanço
incalculável para a população brasileira”, afirma a conselheira Emma
Siliprandi. “A Lei é um instrumento para que se possa exigir dos
governos a implantação de políticas públicas eficientes”, completa.
Para o conselheiro Ribamar Araújo, a Losan representa “os caminhos
para a exigibilidade do Direito Humano à Alimentação Adequada”.
"A Losan representou uma enorme conquista, não somente pelo que
representou do ponto de vista legal, mas, sobretudo, porque foi o
resultado de um intenso e frutífero debate entre importantes setores da
sociedade civil engajados com o tema e o poder público, tanto o
Executivo como o Legislativo", afirmou a conselheira Nathalie Beghin.
“A Losan é um marco da luta permanente pelo Direito Humano à
Alimentação Adequada”, diz a conselheira Aldenôra Pereira da Silva. “É o
Brasil respeitando a luta da sociedade civil para acabar com a fome e a
miséria”, complementa.
Fonte: Ascom/Consea
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