quarta-feira, 21 de dezembro de 2011


Açúcar na medida certa



Açúcar na medida certa


O Brasil recebeu as primeiras mudas de cana-de-açúcar por volta de 1515, vindas da Ilha da Madeira e teve seu primeiro engenho em 1532. No século seguinte, já era o maior produtor e fornecedor mundial, permaneceu assim até o final do século XVII quando perdeu a liderança.
  A partir da cana-de-açúcar ou extraído do milho, o açúcar é usado para adoçar o gosto de bebidas e alimentos.

Mas por que será que gostamos tanto do sabor adocicado? Supõe-se que gostamos tanto de açúcar devido a ser fonte de energia e porque na antiguidade, os nossos ancestrais utilizavam o sabor adocicado como indicador, distinguindo os alimentos saudáveis dos venenosos e estragados. Naquela época comer alimentos adocicados era vital para a sobrevivência.  

De uns tempos para cá o consumo de açúcar tornou-se excessivo, sendo considerado um grande vilão para saúde. A relação entre o consumo excessivo de açúcar e o aumento de doenças crônicas está sendo estudada por vários pesquisadores.

De acordo com um estudo realizado, sobre análise das recomendações internacionais sobre o consumo de açúcar publicadas entre 1961 e 1991, a cárie dental e a obesidade são as duas condições mais freqüentemente relacionadas ao consumo de açúcares, juntamente com outras doenças crônicas ou fatores de risco para as mesmas. Podemos citar a diabetes, hipertensão, colesterol elevado, etc.

Rico em calorias e pobre em nutrientes que possam ser fornecidos ao organismo, o açúcar refinado torna-se um alimento com calorias vazias. A falta de nutrientes faz com que o açúcar seja digerido facilmente, dessa forma rapidamente há um aumento nos níveis de glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia para o corpo humano, mas para se transformar em energia é preciso do hormônio insulina, que é produzido pelo pâncreas. Com o aumento no consumo de açúcar torna-se necessário uma maior produção de insulina, sobrecarregando o pâncreas, e dessa maneira podem surgir doenças como a resistência à insulina e a diabetes.

Existe uma quantidade a ser recomendada para o consumo de açúcar?

Recomenda-se reduzir a quantidade o máximo possível, em especial a sacarose (açúcar branco refinado) a ser consumida no dia.

Procure não ultrapassar a quantidade de até 10% da sua ingestão calórica. Exemplo: em uma dieta de 2000kcal, o consumo não deve exceder 200kcal, o equivalente a 2 colheres de sopa.

Esta quantidade é referente ao total de açúcar consumido durante o dia em todas as preparações, ou seja, desde a colher de chá que você usa para adoçar o café de manhã, até a quantidade presente em bolos, tortas e outros doces.

Conheça um pouco sobre alguns tipos de açúcares:

Açúcar refinado = O mais comum dos açúcares. São grãos brancos, obtidos do açúcar cristal. O processo de refino consiste na dissolução do açúcar cristal e remoção do material insolúvel e dos corantes naturais, por métodos físicos e químicos. Açúcar cristal = Açúcar que não passa por algumas fases do refino, tem a aparência de pequenos cristais. Por conter sais que absorvem água, umedece com facilidade, tornando-se viscoso, sendo, portanto, de difícil conservação.

Açúcar de confeiteiro = Tem textura muito fina, é o açúcar obtido através de uma moagem maior, com o acréscimo de amido, que evita agregação dos cristais. É indicado para glacês, confeitar bolos, enfeitar tortas, doces e pães.

Açúcar mascavo = Açúcar não-refinado, de sabor muito parecido com o da rapadura e de cor amarelo-escura. É bastante úmido, feito com grande quantidade de melaço. Açúcar orgânico = Produto de granulação uniforme, produzido sem nenhum aditivo químico.    
Por:
Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113

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